sábado, 26 de junho de 2010

Tardes vazias


Sabe esses dias com tardes vazias? Dessas que te fazem ir à janela, olhar o nada só por olhar?

São nessas tardes que ela tem seus maiores devaneios. Começa a divagar sobre o foi, não foi e será.

É nesse fim de dia que ela se perde sem rumo em contradições que não consegue entender. Procura as perguntas para as respostas que já tem e que nem sabe de onde vieram. Mas por que?

Cabeça confusa e desnorteada, essa. Sorte que esse fim de tarde vazia dura pouco. Senão, capaz seria ela de perder rumo total em meio a tantos pensamentos, desses sem graça que o intelecto adulto não deixa escapar. Ou seriam fantasias? Será?

Será que não era isso que faltava? Ah, se esse fim de tarde vazia fosse "não-efêmero". Nem é possível prever até onde ela iria.

Amanhã ela estará de novo a espreitar a mesma janela. Quem sabe até quando...

Talvez quando encontrar a pergunta certa para a resposta que não quer calar.

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