sábado, 26 de junho de 2010

Tardes vazias


Sabe esses dias com tardes vazias? Dessas que te fazem ir à janela, olhar o nada só por olhar?

São nessas tardes que ela tem seus maiores devaneios. Começa a divagar sobre o foi, não foi e será.

É nesse fim de dia que ela se perde sem rumo em contradições que não consegue entender. Procura as perguntas para as respostas que já tem e que nem sabe de onde vieram. Mas por que?

Cabeça confusa e desnorteada, essa. Sorte que esse fim de tarde vazia dura pouco. Senão, capaz seria ela de perder rumo total em meio a tantos pensamentos, desses sem graça que o intelecto adulto não deixa escapar. Ou seriam fantasias? Será?

Será que não era isso que faltava? Ah, se esse fim de tarde vazia fosse "não-efêmero". Nem é possível prever até onde ela iria.

Amanhã ela estará de novo a espreitar a mesma janela. Quem sabe até quando...

Talvez quando encontrar a pergunta certa para a resposta que não quer calar.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

E daí?


E daí se eu não for a mais culta? Se não souber a melhor palavra da melhor frase, do melhor livro, da melhor música, do melhor filme?

E daí se eu não conheço as técnicas, os procedimentos, os termos, a burocracia?

E daí?

Pelo menos eu sei de encantos, de sonhos, de planos. Sei de prantos, de sorrisos. Sei daquilo que os meus olhos podem ver e um pouco mais além.

E daí? E se for o contrário? E daí? A complexidade de ser é cruel... É melhor deixar de devaneios.